O contexto é o de sempre: família desestruturada e influência da mídia e dos games de combate.
Os assassinos eram jovens desajustados, de 17 e 25 anos, com histórico de bullying por parte de colegas na escola onde tudo aconteceu.
Quem nunca sofreu isso e teve que superar?
Só que, para alguns, a rejeição alimenta o desejo de vingança e conforme o tempo passa esse sentimento robustece e se transforma em ódio.
Junte-se a isso dramas familiares com pais usuários de drogas, separados e o abandono.
A cumplicidade na dor revela pessoas tímidas com transtornos mentais. O resultado: 10 vítimas fatais, incluindo os dois rapazes que se suicidaram, e 11 feridos.
Como é que esses jovens tiveram acesso às armas? Não se sabe ainda. Mas armas são contrabandeadas e vendidas no mercado negro pelas quadrilhas há anos. É uma fonte de receita do narcotráfico.
As cenas do massacre parecem roteiros de muitos filmes tamanha a violência das cenas. Como as que se vê no cinema e na TV, diariamente. Basta ver a longevidade de séries como Walking Dead e Game of the trones, onde a violência é a tônica.
Dentre as armas dos assassinos machadinhas, besta e arma de fogo calibre 38, além de coquetéis molotov que não foram usados.
Obviamente, o fato será usado politicamente pela oposição contra o governo Bolsonaro, devido ao projeto de liberação de armas que sequer passou pelo congresso.
Aí seria canalhice.
Dá tempo de rever tudo isso para não colocar a sociedade brasileira no divã dos pobres.
Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.