Enquanto isso, Dilma nem vai ao Fórum Econômico Mundial, para não “ofender” a esquerda jurássica, sua única base de apoio que restou (enquanto durar a mortadela e os cargos públicos). Em seu lugar, manda o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, o mesmo que estava lá nas “pedaladas fiscais”, na “nova matriz macroeconômica”, enfim, em todas as cenas do crime desenvolvimentista. E claro que Barbosa não iria decepcionar. Ao menos não Belluzzo e companhia, a turma inflacionista da Unicamp. Eis o que ele disse, segundo reportagem do Estadão:
Traduzindo para ingênuos: o “reconhecimento” do papel do mercado é tão verdadeiro quanto uma nota de três reais. É uma concessão retórica apenas, de quem, no fundo, detesta o funcionamento dessa incrível instituição, formada pela interação espontânea de milhões de pessoas em busca de seus próprios interesses. O mercado só “funciona”, segundo Barbosa e sua trupe, se for “coordenado” pelo governo. Eis o termo-chave aqui.
Os “coordenadores” do mercado seriam justamente Barbosa e sua equipe, liderados por Dilma, a grande “economista”. Claro, são pessoas clarividentes, oniscientes e, acima de tudo, abnegadas e altruístas. Eis o que o leitor leigo precisa entender, e que economistas e estudiosos sabem desde Adam Smith, e depois com Hayek: mesmo assumindo a premissa risível e absurda de que os tais “coordenadores” sejam as melhores pessoas do ramo, os mais capacitados economistas, essa “coordenação” estaria fadada ao fracasso.
O mecanismo de funcionamento do mercado é tão mais complexo do que alguns poderiam apreender reunidos numa sala, mesmo com os mais potentes computadores e as mais longas equações econométricas, que jamais esses tais “coordenadores” poderiam de fato coordenar o mercado a ponto de ele funcionar melhor. Foi o que tentou a União Soviética, com seus respeitados engenheiros russos, e deu no que deu: a Gosplan tinha milhares de equações para coordenar a economia, o país colocou o Sputinik no céu, e faltava papel higiênico para a população. Faltava tudo, na verdade!
Rodrigo Constantino
Nelson Barbosa vai a Davos defender um estado “coordenador” dos mercados
- Por bruno
- 22 de janeiro de 2016
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