28 de março de 2024
Editorial

O TSE e as regras para a próxima eleição

Foto: Arquivo Google – Instituto PHD

A educação é a base incontestável do desempenho de qualquer país. Não conheço, atualmente e nem em um passado mais recente, um político,que tenha se dedicado a melhorar o sistema educacional brasileiro, pois se o fizesse limitaria a ascensão ao poder dos milhares de maus elementos que, há quase 130 anos, fazem o que querem do país.
A politicagem, a Justiça, a segurança, a educação, a sociedade, tudo virou piada macabra! Todos os dias, fazemos piadinhas com as nossas desgraças! O óbvio não conta, provas se ignoram, cadáveres se amontoam em favelas, avenidas e hospitais e a politicalha continua firme no comando desta nave à deriva!
As coligações que vão sendo tentadas pelos candidatos a presidente confirmam a fraude partidária que o formalismo brasileiro dos três Poderes teima em ignorar. Tudo se resume a maior exposição dos candidatos na TV numa campanha menor no tempo e nos recursos. Que o Judiciário, no caso o TSE, estabeleça um tempo mínimo de TV por partido, suficiente para que cada um exponha seus planos para o Brasil. O restante será distribuído, segundo as normas atuais, ou não! Se não, repetiremos Enéas (Meu nome é Enéas!!!), de quem guardamos o nome e a imagem, pois desconhecíamos suas ideias. Candidatos, se virem nos 30, é a minha sugestão.
O Congresso, com a maioria dos seus integrantes envolvidos em falcatruas e crimes os mais diversos, que só agem em causa própria, aprovou benesses que advirão certamente em aumento de impostos para a já extorquida classe média e tornou inviável a administração do próximo governo, seja ele quem for. Ou o eleitor faz uma faxina geral naquela Casa, defenestrando os irresponsáveis, ou terá que sorrir com o estupro coletivo de que será vítima.
Constantemente, conhecemos despesas irregulares de senadores e deputados. Por manobra dos próprios, tais despesas, apesar de absurdas, enquadram-se como “legais” — foram votadas e aprovadas por eles mesmos —, inseridas em alíquotas de segurança, contratação de assessores que não aparecem, despesas sem caracterização e inúmeras outras, tudo sem controle. A maior parte dos que se dizem “nossos representantes” é, na realidade, corrupta, já denunciada e processada. O que não sabemos, entretanto, é se há algum honesto. Se existe, por que não denuncia os maus colegas?
Depois de assistirmos ao bloco de partidos denominado centrão voar em torno das candidaturas dos presidenciáveis para pousar na de Geraldo Alckmin, poderíamos denominar tais voos como negociações, algo muito comum nas democracias liberais. No entanto, quando existe suspeição nas manobras de políticos ávidos pelo poder e objetivando pedaços do tesouro após a vitória daquele que recebeu seu apoio, há um termo com a mesma raiz que classifica muito bem tal situação: negociata. Seu significado é acordo escuso, pacto desonesto operado entre duas ou mais pessoas em prejuízo de terceiros. No caso presente deve-se entender terceiros como nós, o povo brasileiro.
O eleitor vai precisar de muita ajuda para filtrar os candidatos honestos nas próximas eleições. O quadro que se mostra é de indivíduos que procuram o pleito com dois objetivos: fugir da Justiça e descolar uma vaguinha numa empresa pública. Não podemos ajudá-los.

Valter Bernat

Advogado, analista de TI e editor do site.

Advogado, analista de TI e editor do site.

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