18 de abril de 2024
Adriano de Aquino

60 tiros

Foto: Arquivo Google – Diário Gaúcho – clicRBS

Execução em Porto Alegre, quinta feira 26 de Setembro.
O mais honroso tributo ao cidadão Neri de Moraes(69), trabalhador de um ferro-velho de Porto Alegre, executado covardemente com 60 tiros pelos soldados do tráfico da região onde morava, é não fazer qualquer cobrança de atitude ao deputado federal gaúcho Paulo Pimenta(PT).
Cobrar de um deputado indolente, conivente com o ‘vale-tudo’, uma atitude severa para que a polícia gaúcha investigue a fundo e chegue à prisão dos assassinos de um homem corajoso como Neri, é a forma mais cretina e hipócrita de desmerecer a vida e a luta de Neri de Moraes.
Explico:
Essa covarde execução – uma violenta mensagem do Terror para a comunidade – ocorreu porque Neri era um crítico severo, um cidadão valente que alertava a comunidade sobre os perigos e as terríveis consequências do tráfico de drogas na região.
Segundo Newton Martins de Souza Filho, delegado que investiga a execução, Neri já havia sido ameaçado pelos traficantes que exigiam que ele parasse com suas críticas ao tráfico.
Mas, Neri não cedeu às ameaças e continuou na sua campanha aberta contra o tráfico.
Por isso, sobretudo em respeito à essa vítima fatal, entendo que fazer alusão ou qualquer tipo de cobrança ao deputado Paulo Pimenta(PT/RS) até mesmo mencionar seu nome numa manifestação exigindo investigação completa do episódio, prisão e julgamento dos autores desse crime bárbaro é ofender a memória de Neri de Moraes, um cidadão destemido que lutava valente e pacificamente contra as tropas do tráfico e,por isso, foi executado.
Neri de Moraes foi um exemplo em vida do custo de ‘ser’ um ativista sincero e coerente neste país.
Por sua altivez e coragem era muito conhecido e respeitado na região.
Neri de Moraes é o inverso ético /moral de tipos vulgares, coniventes e demagógicos, como os deputados federais,seus conterrâneos, Maria do Rosário(PT)Paulo Pimenta(PT).

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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