20 de abril de 2024
Adriano de Aquino

O Estado-Pai

Os adeptos do Estado Pai, que desejam maior planejamento e controle estatal da economia, são filhos bastardos da nação.
As taxas que o Estado pai impõe aos produtos de uso diário, que o povo consome para sobreviver, se assemelham ao trato perverso dos pais relapsos, ao abuso impune e à violência doméstica contra sua prole.
Sem contar, é claro, o imposto de renda e outros anexos, o ‘Estado-Pai’ toma compulsoriamente do assalariado de classe média cinco meses de trabalho por ano. Penaliza impiedosamente os mais pobres e abre um corredor de oportunidades para os ‘empreendedores’ que se associam ao clã estatal.
O ‘status quo’ da previdência social revela a preferência do Estado-Pai pelos filhos aninhados nas altas esferas do serviço público. A permanência desse modelo de exploração deformou parte da sociedade brasileira a ponto de reagir sem pensar à apresentação de uma proposta de reforma da previdência. A coisa é tão maluca que se tornou uma espécie de conclamação à guerra civil.
Mais uma vez os ‘amamentados bem nutridos’ usam seu poder para conclamar o ‘nós contra eles’. Cunham slogans estúpidos de que a previdência social, mesmo ostentando gigantesca desigualdade, não é deficitária. Só falta acrescentar que a grade da aposentadoria, hoje aplicada pela Previdência Social, é sustentável. Milhares de cérebros desocupados são celeiros para uma boa ‘ideia’.
Porém, na real, uma ‘boa ideia’ sucumbe à visão da sombra do imposto e do espelho mágico do bônus previdenciário das altas ‘castas’ de servidores públicos.
Se não sucumbem de imediato é porque os fiéis se refugiam nas fábulas que ocultam a verdade sobre um mecanismo de moer gente e verter sangue do rebanho de anônimos.
Esse mecanismo subterrâneo é invisível aos idealistas.
É ele que sustenta o luxo, as mordomias, as milionárias aposentadorias dos legisladores, magistrados e demais maganos do clã estatal.
São eles que sustentam o mito do Estado-Pai, generoso a ponto de abrigar tudo e todos, sobretudo, os corruptos, incompetentes e covardes que se ajoelham submissos para ideologias retrógradas que revestem teoricamente o culto da exploração social.
A “Sombra do Imposto” que mora no fundo da caverna é o ‘milagre’ que financia a Previdência Social como hoje existe.
É bom que, ao ficar doente, o filho do Estado não saiba que 34% do preço dos medicamentos que usará no seu tratamento será convertido em champanhe para os maganos do andar de cima.
Conheça os ‘fantasmas’ que assombram o cidadão contribuinte (vale dizer que este é o valor até 15/03/2019)…

https://impostometro.com.br/

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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