28 de março de 2024
Editorial

Votar no menos pior pode dar certo?

Imagem: Arquivo Google – BBC.com

A sorte está sendo lançada. Mais do que perguntar aos brasileiros o que eles desejam para o país, cabe indagar agora o que eles imaginam que possa acontecer nos próximos tempos ou daqui por diante. Que Deus inspire nossos futuros governantes e nos livre de seus eventuais desatinos.
O Brasil demonstra estar cansado de ler e ouvir a palavra democracia ser deturpada à exaustão. Usada a propósito de tudo, o que se vê são usuários das mais variadas correntes exaltando-a de um lado, mas praticando as mais odiosas ilicitudes, alheios ao respeito aos seus princípios básicos. Muitos têm sido os crimes de corrupção praticados por quem vive exortando a democracia. O grande problema do sistema democrático é permitir fazer coisas nada democráticas democraticamente. E assim caminha o Brasil.
O conceito de democracia pelo dicionário: “regime político em que a soberania é exercida pelo povo”. Se a soberania é exercida pelo povo, por que os principais projetos de lei elaborados pelos políticos não são votados pelo povo através de plebiscito? Se os representantes eleitos pelo povo não correspondem aos seus anseios, esse seria o melhor caminho para fazer valer a vontade do mesmo. Outro ponto é o voto obrigatório. Numa democracia verdadeira, o voto jamais seria obrigatório, e não haveria punição para quem não votasse. Certamente, devido à qualidade dos nossos políticos, eles devem ter medo de não conseguirem nenhum voto.
Como se comportarão perdedores e ganhadores após a eleição? Na realidade, temos que ter consciência de que somente o Brasil tem que ganhar. Nosso país é que precisa vencer, e nós, brasileiros, precisamos de paz, ordem e progresso.
Chegou a hora de os candidatos à Presidência mostrarem aos eleitores suas metas de campanhas, deixando para trás acusações sem qualquer finalidade, a não ser a de atingir a honra do oponente. Ficou feio, horrível, cansativo para o povo brasileiro. Ainda há tempo para melhorar esta eleição presidencial.
Uma parcela significativa de brasileiros é partidária entusiasta de cada uma das duas correntes políticas populistas em disputa pela presidência da República. Mas há os que, a contragosto, votam em Bolsonaro com a intenção de barrar a volta dos petistas, responsabilizados pela degradação do país; por outro lado, há os que, mesmo constrangidos, votam em Haddad, intentando preservar valores democráticos que estariam postos em risco. Tanto uns quanto outros conformaram-se em tapar o nariz e votar naquele que consideram o menos pior. Isso pode dar certo?

Valter Bernat

Advogado, analista de TI e editor do site.

Advogado, analista de TI e editor do site.

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