23 de abril de 2024
Erika Bento

Foi-se o tempo em que…


… o Oriente Médio era só um capítulo no livro de História Geral.
… a guerra era travada em um campo de batalha com soldados armados.
… o jornalismo investigativo era a base da notícia.
… os radicais eram barulhentos, enlouquecidos e inconsequentes.
Hoje, estamos em um tempo em que os conflitos na Faixa de Gaza batem às portas de todas as nações, inclusive o Brasil, graças aos interesses pessoais de Lula.
Hoje, estamos num tempo em que a guerra tomou lugar no campo das comunicações, nas propagandas, nas alianças internacionais, nos acordos firmados sobre um imenso tabuleiro onde as peças se movem em direção a interesses cada vez mais perigosos.
Hoje, as grandes empresas de comunicação são veículos de repetição que, na maioria das vezes, servem apenas para reforçar uma imagem superficial a respeito de tudo. É a banalização da verdade.
Hoje, os radicais aprenderam que, mais do que explodir aviões, o caminho para a destruição do inimigo é enfraquecê-lo diante do mundo. Expor suas fragilidades. Pressioná-los a um ponto que os leve a agir precipitadamente, obviamente sob holofotes do mundo inteiro.
O episódio das frotas “humanitárias” turcas, só teve um vencedor. O Hamas, exército radical islâmico que governa Gaza desde 2007. E isso, não é para ser comemorado em lugar nenhum do Planeta! Não deveria ser, mas bem sabemos que há muitos que estão por aí repetindo discursos antissemitas sem pensar que, por trás de tudo isso, ganha o terrorismo mundial. Ganha Ahmadinejad, ganham os governos ditadores e as potências esquerdistas. Por isso, o Brasil tanto condena a ação de Israel à “Frota da Liberdade” que seguia para Gaza.
Espero que, a este ponto, passados alguns dias do episódio em alto mar, já seja de consciência comum que a frota não era humanitária, mas usou pessoas para levar o exército de Israel a usar a força contra si mesmos. Um Cavalo de Troia às avessas. Um só não, seis. Ou isso ainda não ficou claro?
O erro de Israel foi ter reagido como se estivesse num campo de batalha. E estava, mas os inimigos não usavam armas de fogo. Usavam vidas, usavam a opinião pública, usavam o escudo “humanitário”. Turquia, Hamas e todos os países aliados comemoram hoje a queda parcial do bloqueio a Gaza já anunciado, não oficialmente, pelo governo de Israel que, a este ponto, perdeu mais uma batalha importante.
Depois de ser questionado pelo Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) por suas possíveis armas nucleares, mas que não questionou o Irã ou a Coreia ou a Índia ou o Paquistão, Israel soma mais esta derrota. E, se perde Israel, perdem também os Estados Unidos e, por consequência, fortalecem seus opositores. Entre eles e eles, eu fico com eles. Entendeu?
Foi-se o tempo em que tudo era às claras, minha gente!
Embora o momento seja crítico – por revelar o quanto cresce a inteligência perversa dos radicais islâmicos – o mundo ainda faz piadas sobre tudo isso. Eu não sou capaz… para mim é muito mais triste do que cômico. Porém, indiscutivelmente, é um modo de fazer chegar a verdade ao conhecimento coletivo, por isso, reproduzo aqui dois vídeos.
Um deles, o mais recente, foi divulgado, por “erro”, pelo próprio governo de Israel. Em um comunicado oficial, o porta voz israelense diz que um comunicado interno afirmava que deveriam tomar cuidado com o vídeo, mas o link acabou caindo na rede por “engano”. O vídeo se chama “Flotilla-We con the world” (Flotilla, nós enganamos o mundo) e outro, é um programa de humor, também em Israel, que critica a posição de Lula no acordo entre Irã e Turquia. Imperdíveis!
Flotilla-We con the world: http://www.youtube.com/watch?v=b4duB0BCb60
Lula vira piada em TV israelense: http://www.youtube.com/watch?v=mAz3rhQh84M
Artigo publicado em 11/06/2010

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