Há 22 anos Rosa Weber acompanha a apuração eleitoral. A “werborrágica” ministra diz que, desde mocinha, via muitas pessoas difamarem as virgens urnas e as responsabilizar como veículo de fraude eleitoral.
Mas Weber não se abala pois até agora – segundo ela – não se comprovou qualquer fraude na ferramenta.
Num país em que nada se comprova, nem mesmo crimes praticados à luz do dia, a vista de todos, registrados em tempo real, assassinos detidos em flagrante e onde criminosos condenados são apenas ‘suspeitos’.
País em que roubos bilionários do dinheiro público são ficções da “contabilidade criativa” que enfeitam o laranjal do ‘amigo’ dos empreiteiros e onde mais de 60 mil pessoas fingem que são assassinadas todos os anos só para brilhar nas estatísticas, seria um luxo supremo exigir que se levasse a sério as inúmeras demonstrações da fragilidade na segurança das urnas eletrônicas e a matreirice do sistema de apuração de votos e se investigasse a fundo todos alertas feitos por especialistas em TI.
Há 22 anos muitas senhoras de hoje ainda eram virgens.
Algumas permanecem!
Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial “Em Busca da Essência” Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.