29 de março de 2024
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Bolsonaro

O atentado contra o presidenciável Jair Bolsonaro chocou-me mais do que consigo explicar. Naquela noite, não consegui dormir.

Sou contra a violência. Acredito que se justificarmos o ato sórdido porque a vítima é de direita, também ficaremos obrigados a aceitar ataques a um representante da esquerda. Em círculos concêntricos, a violência cresce, os motivos e as justificativas também e, subitamente, os agredidos serão os nossos filhos e netos, sem que tenhamos a quem nos queixar.
Assustei-me com a reação das redes sociais. As pessoas pareciam não entender que o esfaqueado não era somente um político que, para uma parcela da população, defende ideias indefensáveis. Quem quase morria era um homem, um filho, um pai, um marido, um irmão. O país e a democracia sangraram em Juiz de Fora. Mas a família Bolsonaro sangrou mais. Quem já perdeu alguém muito próximo e muito amado conhece a imensidão da dor.
Assustei-me também com a ignorância da novíssima geração de brasileiros, rapazes e moças que falavam do passado repetindo frases feitas, tolices inimagináveis, sem sequer ter o cuidado de pesquisar por conta própria aquilo que assinavam. Eles e elas são o futuro do país. Mas como são tolos… Sim, estou sendo intransigente e me desculpo. Um dia, eu sei, essa meninada vai amadurecer. Afinal, todas as gerações purgam o carma da idiotice. O problema é que a Internet tornou a idiotice pública.
Politicamente, o atentado foi um erro, fortaleceu o candidato. Tenho a impressão de que os graúdos que o planejaram pretendiam cometer dois assassinatos. O de Jair Bolsonaro e o do fanático a quem pagaram para esfaqueá-lo. Eles esperavam que a multidão enfurecida linchasse o agressor e o assunto acabasse com os dois corpos no chão. Não foi o que aconteceu. Assustados com o inesperado, os mandantes do crime arrumaram advogados caríssimos e inventaram a história do maluco desempregado, que agiu por conta própria após um bate-papo informal com Deus. Ora, façam-me o favor…
Enfim, discordo de que Bolsonaro é o instigador da violência. Quem começou a empurrar brasileiros contra brasileiros foi o PT. Já no primeiro mandato, Lula afirmava que a culpa das nossas mazelas era da “elite loura de olhos azuis”, como se vivêssemos na Suécia. Também cansou de dizer, entre outras preciosidades imbecis, que “os ricos não se conformavam de o pobre viajar de avião”. A socióloga Marilena Chauí babava que “odiava a classe média”. Gleisi Hoffman, CUT, MST, Benedita da Silva, um professor louco que pretende fuzilar todos os conservadores, não perdiam a chance de conclamar o Brasil ao ódio. Então, esfaquearam o Bolsonaro. Na verdade, a nossa esquerda rejeita a alternância de poder que caracteriza os regimes realmente democráticos.
Sabem do que mais? Eu tenho horror ao Estado paquidérmico e oneroso que a esquerda adora. Horror ao Nicolás Maduro, que o PT endeusa. Horror ao discurso bonzinho que absolve os bandidos-vítimas-da-sociedade. Horror da escola com partido, horror da ideologia de gênero, horror de quase tudo que o Bolsonaro pretende combater.
Infelizmente, não transferi o meu título de eleitor para Portugal.
Se o tivesse feito, votaria em Bolsonaro, 17.

O Boletim

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