28 de março de 2024
Editorial

Temos que mudar, vamos renovar!!!

Foto: Arquivo Google – Agenda Capital

Começou com a temporada de promessas e mentiras dos candidatos a cargos eletivos. O presidencialismo de coalizão, a grande quantidade de partidos, alguns sem representatividade, e outros investigados na Lava-Jato manterão a (in)governabilidade. Há um descrédito grande dos eleitores, e o presidente eleito será obrigado a aparelhar a máquina pública com os indicados pelos partidos coligados. Reformas política, fiscal, eleitoral e do Judiciário, tão necessárias, ficarão para depois.
Com o horário político-eleitoral se aproximando, o TSE deveria tomar uma decisão mais justa e democrática e determinar que o tempo fosse distribuído igualmente entre todos os postulantes, independentemente das coligações partidárias. Só assim, se evitará que um candidato com seis segundos para expor suas ideias mal consiga completar uma frase (quem não se lembra do famoso: “Meu nome é Enéas!!!), enquanto o outro terá dez minutos ou mais. Se o cidadão tem o dever cívico de votar, deve ter o direito de ouvir as propostas de todos, para fazer melhor a sua escolha. Isso é democracia.
Uma das pautas mais discutidas em Brasília é a reforma política. Sempre sem consenso. Mexer com os interesses do Legislativo é sério. O STF proibiu doação de empresas? O Congresso foi e aprovou um bilionário fundo eleitoral. Tudo por nossa conta, claro. E assim, em 2018 ainda teremos a aberração do suplente de senador, sujeito com grandes possibilidades de assumir o cargo sem ter recebido um voto. Basta ser amigo ou financiador do candidato. Isso quando o cara de pau não indica a esposa ou o filho como suplente.
Somos os únicos no planeta onde político preso e condenado intenta participar das eleições, com apoio de artistas e intelectuais; não bastasse, as instituições não merecem confiança e o Congresso está imerso em corrupção. Quem governar o país terá dificuldade de fazer as reformas da Previdência, tributária, política, enfim, todo arcabouço que nos coloca como país atrasado.
O brasileiro está mal acostumado. Sempre que surge um novo nome nas eleições, diz logo: não vai decolar, ninguém conhece, nas pesquisas mal aparece. E com isso tenta escolher o menos pior! Temos que mudar! Renovar na Presidência, na Câmara e no Senado, principalmente nestes dois últimos. Os mesmos já estão loteando os postos-chave do governo. Apoiam em troca de ministérios, secretarias e sei lá mais o quê! E a corrupção continua.

Valter Bernat

Advogado, analista de TI e editor do site.

Advogado, analista de TI e editor do site.

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