28 de março de 2024
Adriano de Aquino

A censura na "Revolução Cultural" chinesa


Em 1996, Yahoo cedeu a ordem do governo chinês bloqueando, censurando e mais tarde entregando a polícia e-mails de dissidentes do governo que publicavam opiniões na Internet. Muitos foram presos.
Como por lá tudo é segredo de estado, não se sabe se permanecem até hoje na cadeia.
Na ocasião estimava-se que mais de 30.000 membros integravam uma sinistra ‘brigada virtual’ que rastreava mensagens com intuito de controlar conteúdo mediante a aplicação de leis severas.
Na terra da ‘Revolução Cultural’ , que Mao deu de presente para sua mulher Madame Mao – atriz chinesa que ficou famosa por sua intolerância à divergências e por formar uma aliança política radical conhecida como o Bando dos Quatro, foi a pessoa mais poderosa da China nos últimos anos do regime maoista.
Na fase mais radical da Revolução Cultural se caçava partituras musicais de clássicos europeus, destruía instrumentos e prendia chineses apenas por gostarem de literatura e arte do ocidente.
No entanto, meses depois da morte de Mao (1976),ela foi presa e condenada por crimes contra a humanidade.
Madame Mao desapareceu e o Yahoo também!
Cidadãos do Ocidente, que prezam a liberdade de expressão, sabem do perigo que se esconde com as intervenções sorrateiras que visam cessar o fluxo da livre opinião.
Por trás deles vislumbramos sempre movimentos autoritários.
Na sequência de comentários desse post, matérias revelam episódios de censura que o mundo não pode esquecer.
https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fbrasil.elpais.com%2Fbrasil%2F2017%2F07%2F07%2Fopinion%2F1499443528_823040.html&h=AT00EnjehHg5w_DDEYR6R2oRMIcbyAPwknJzMdajrRa6D3znr7gKlPNqjASKe0Hfszh1Qxjb9aVDGbAj9U-E5apvk3hV9QsQrlONrdOvDz7ret4WeOkl95E_wWoYdZXc-A
https://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Ffoda-seoestado.com%2Fchina-inventa-o-estado-totalitario-digital%2F&h=AT28K9HUSEOy9cbzNuM6Qj08EGb1RJz3ZGmMBJaW1zszQKnlgHchK013XMfhvi4NTBYoIBEnOnWezUX9G5GkATvcmNzdnj-sXHkMIR-mPsth-E-T3nzAfCGCHHW7cHwF7Q
Muito antes das revelações sobre execração pública de artistas, intelectuais e professores e os espalhafatosos julgamentos sumários do Bando dos Quatro, durante a Revolução Cultural chinesa eu ja havia me tornado critico dos métodos de uma esquerda ‘supostamente’ libertária que naquele tempo já se mostrava autoritária e violenta.
Atualmente não dá para esconder a realidade sobre terror stalinista e maoista contra dissidentes russos e chineses. Não há como apagar a violenta ocupação da Hungria e da Polônia pelas tropas soviéticas.
Na ocasião, as opiniões de artistas,intelectuais e militantes libertários da banda democrática do mundo se dividiram. De um lado os que lutavam pelas liberdades e direitos individuais e, de outro, os que se agarravam ao ideário comunista,mentindo e falseando fatos. Os renitentes autoritários se tornaram- aos olhos da sociedade contemporânea- um bando de cúmplices de crimes hediondos e apoiadores contumazes de regimes de exceção.
É uma afronta à democracia e a inteligência que com toda a história recente ainda existam pessoas que apoiem ditadores na Coreia do Norte, Cuba, Venezuela e Nicarágua. Como epitáfio a esses ‘mortos vivos’ posto algumas fotos da execração pública de professores e intelectuais chineses feitas durante a revolução cultural maoista,para que ninguém esqueça.

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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