28 de março de 2024
Adriano de Aquino

Ruínas Pós Modernas

Foto: Arquivo Google – O Globo

Em menos de uma década, a proposta de revitalização da aérea urbana do centro do Rio ‘Porto Maravilha’, se transformou no Porto Sobressalto.
O efeito carnaval é a norma da administração brasileira.
Os sacripantas projetam e inauguram coisas para funcionarem no intervalo de uma eleição. Investiram pesado em propaganda enganosa. Usaram a gentrificação como um vetor de desenvolvimento urbano, anunciaram que o empreendimento seria um atrativo comercial que promoveria a prosperidade da área. Tudo fantasia!
O que aconteceu de fato foi uma acelerada degradação da infraestrutura ordinária, mal feita.
A verdade é que – por natureza – os sacripantas vivem da enganação. Com dinheiro público é fácil! Não planejam corretamente e superfaturam obras de baixa qualidade.
Nesse país, até mesmo a ‘especulação’ imobiliária é tocada por ‘amadores’ de duplo sentido: não são profissionais, mas ‘amam’ propina.
O Paes usou e abusou da festança da Copa. Tirou o máximo proveito pessoal. Depois, que se dane.
O alcaide em exercício é uma múmia!
Como o Porto não é obra da sua gestão ele alega que falta verba para expansão do projeto, mas disponibilizou órgãos municipais para manutenção. Quer dizer, manutenção é limpar as ruas e ponto!
Ora, se as obras já eram uma porcaria, sem manutenção correta e eficiente o Porto Maravilha voltará muito rapidamente ao estado de abandono e decadência de uma década atrás.
Em resumo: o Porto Maravilha é mais um ‘bloco’ carnavalesco que custou os tubos ao contribuinte e passou, deixando as ruas lotadas de entulhos e ruínas modernosas.

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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