25 de abril de 2024
Adriano de Aquino

"Foliant"?


Gary Aitkenhead, diretor do laboratório militar britânico afirmou não ser possível determinar a origem exata do agente neurotóxico que envenenou o ex-espião russo Serguei Skripal e sua filha Yulia, na cidade de Salisbury.“Fomos capazes de identificar que se trata de ‘Novichok’, de identificar que foi um agente neurotóxico de tipo militar(…)Mas não identificamos a origem exata da sua fabricação”, acrescentou.
A ‘falha’, na identificação da origem, colocou a bola na altura certa -como gosta Putin -para cortar em cima da Theresa May , exigindo desculpas do governo britânico.
Provas concretas de ocultação de cadáver, patrimônio e procedência de armas e agentes químicos letais só acontecem em crimes cometidos por amadores.
Mais uma vez, um profissional, formado nos porões da extinta KGB, cospe agentes tóxicos contra inimigos políticos locais e espalha ameaça entre populações das regiões que lhe interessam estrategicamente e sai como a maior vítima.
Da Crimeia, passando pela Ucrânia e chegando a Damasco, o czar não deixa pegadas.
O ardil :”não há provas” oculta todos os crimes. Do colarinho branco, a ataques com armas químicas realizados pelas forças de Assad contra seu povo.
Cresce, entre membros da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), a suspeita de que a Rússia manipulou local do ataque químico na Síria, antes da chegada dos inspetores internacionais. Tudo indica que a visita dos russos ao local dos ataques na Síria visavam apagar traços do componente químico usado.
Traços de Novichok (“recém-chegado” em português) um agente químico letal desenvolvido entre 1971-1993-no ciclo União Soviética/Rússia foram encontrados no ataque a Serguei e sua filha.
Os cientistas russos que o desenvolveram afirmam que que se trata do mais mortífero agente químico de todos os tempos, com algumas variantes possivelmente cinco a oito vezes mais potentes do que o ‘VX’ e outras até dez vezes mais potentes que o ‘Soman’.
Eles foram projetados como parte de um programa soviético de codinome “FOLIANT”.
Theresa May, primeiro-ministro do Reino Unido, disse que um desses agentes foi usado no envenenamento de Sergei e Yulia Skripal no Reino Unido em março de 2018.
Apesar dos cientistas russos afirmarem que o agente químico existe,a Rússia, oficialmente, nega a produção ou a pesquisa de agentes novichok.
A comunidade global está em vias de ser mais uma vez enganada.
Os ataques a Serguei e sua filha ,refugiados no Reino Unido se juntará ao ataque mortífero contra população síria na sequência de terror oficial de ‘crimes perfeitos’.
A toda essa loucura junta-se o debate acadêmico no Conselho Consultivo Científico da Organização para a Proibição de Armas Químicas que diz não possuir informações suficientes para afirmar sobre a existência ou as propriedades dos agentes Novichok.
Fonte: Facebook do autor

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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