28 de março de 2024
Yvonne Dimanche

Felipe Vilhena


Há 35 anos e alguns meses comecei a namorar o meu marido. Nosso romance começou em uma quinta-feira e no sábado eu conheci o meu enteado. No início, eu “gostava” do filho do amor da minha vida, mas estava vivendo a minha fase de paixão.
Maridão, o melhor pai do mundo, falou que amor ele poderia ter com qualquer mulher, mas ele nunca abriria mão do filho dele e a sua vida social se limitava de segunda à quinta. De sexta à domingo era o filho. Se eu aceitasse OK, se não quisesse tudo bem. Filha de um pai que preferiu viver a vida dele, aquela aparente desfeita, digamos assim, foi a oitava maravilha do mundo.
Como gosto de crianças, foi super fácil gostar daquele garotinho fofo, mas não o sentia como um filho. Eu estava na lua de mel, na fase do “sem você não sei viver”, mas eu amava aquele menino lindo.
Até que tirei férias no mês de janeiro do ano seguinte (o maridão não, nosso amor era proibido, já que trabalhávamos no mesmo local) e eu fiquei o tempo inteiro com ele. Fizemos todos os passeios do mundo, praia todos os dias, carnaval logo em seguida e chegou o final das nossas férias.
Quase morri. Até então gostava, mas a partir da quarta-feira de cinzas do ano de 1983, eu me dei conta de que aquele menino faria parte da minha vida para sempre. A partir daquele dia ele deixou de ser o meu enteado e passou a ser o meu filhote que eu tanto amo.
Felipe, eu te amo. Mais uma vez, feliz aniversário para você que é um autêntico Vilhena e coloca a família em primeiro lugar.

O Boletim

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *