24 de abril de 2024
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Viva o sargento

Inconsciente coletivo é isso, o resto é conversa fiada.
Subitamente, o desejo que faz bater o coração de 220 milhões de brasileiros desabou na cabeça de um sargento do Corpo de Bombeiros. Então, ele resolveu fazer o que todos nós queremos, mas não temos coragem: invadir o Congresso Nacional. A ocorrência aconteceu na tarde de domingo, dia 3 de dezembro. Se tivesse dado certo, vocês já imaginaram o tamanho da alegria nacional?

Infelizmente, policiais abortaram o plano – puxa, PMs, assim não vale, vocês estão do lado de quem? Mas, também, vamos combinar, o sargento poderia ter sido mais discreto. Mas, não. Roubou um caminhão daqueles vermelhões, cheio de sirenes, e saiu desabalado pelas ruas de Brasília, disposto a acabar com a farra do toma-lá-dá-cá que anima o duro cotidiano dos nossos parlamentares.
Se dependesse de nós, o povo, o caminhão teria chegado ao destino e feito o devido estrago. Infelizmente, impediram o corajoso homem do fogo de incendiar o que, há muito tempo, já deveria ter virado cinzas: o pântano no qual vicejam os seres que se locupletam no erário publico.
Dizem que o caminhão carregava dinamite. Modesto, coitado, o nosso sargento. Se ele tivesse me consultado, abasteceria a viatura com uma bomba atômica. De pouca potência, mas atômica.
Quem me conhece sabe que sou pacifista de carteirinha. Detesto violência, não apoio a pena de morte. Estranho eu lamentar que o sargento não tenha
conseguido realizar, com êxito, o seu plano de salvação nacional. Mas, explico: igual ao nosso quase-herói, eu já não aguento mais.
Sinceramente, morri de pena de terem atrapalhado os planos do sargento.
Tomara que o próximo valente tenha êxito.

O Boletim

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