19 de abril de 2024
Walter Navarro

Levando a vida dura em Extremadura e Cascadura


Eu tinha temas capitais a tratar.
Pesquisadores da Universidade de Massachusetts descobriram que os dinossauros eram amarelos! “Puffins” não são muffins de pato e sim papagaios do mar da Islândia setentrional, horário comercial, primeira à direita, fundos! O plástico-bolha está fazendo 50 anos! Os gays no exército estão sempre atrás de um cabo! Ou na frente… Michael Jackson era careca e, se o Ponto G não contém mais glúten, troquemo-lo pelo Ponto H…
Porém forças ocultas e terríveis forçaram-me a mudar de assunto.
Urge dissertar sobre os correligionários de Onan; o famoso “cinco contra um”, o “descabelamento de palhaço”, o “descascar da banana”, o “agite bem antes de usar” ou seja, o tabu da masturbação! Com moderação, porque, como diria Tancredo Neves, o outro nome de Minas é liberdade condicional.
Já contei aquele clássico do Juca Chaves sobre o menino que tocava tambor dia e noite, perturbando todo mundo. Tentou–se de tudo e: nada.
Convocaram a psicóloga do prédio que, em três minutos convenceu o pestinha a parar. Indagada sobre o milagre, ela respondeu: “Apenas ensinei-o a se masturbar”.
Calma gente, o assunto é sério. Chego lá.
No filme “Quem vai ficar com Mary?”, um amigo ensina a outro que, antes do primeiro encontro com uma linda mulher, é recomendável masturbar-se, caso contrário é a mesma coisa que sair com uma arma carregada, no caso, pistola. Um perigo!
Penetro então o tema, depois desta poética introdução.
Mário? Que Mário? Meu amigo Mário Melillo, competente técnico em Comércio Exterior, mora em Madri. Seu codinome literário é Curiango, estranho pássaro que só sai no lusco-fusco…
Gosto do Mário porque ele é como eu: um tarado. Tarado e imodesto diz que, se além da pinta de latin lover tivesse olhos azuis, ia ter pra mais ninguém. Pelo menos no lusco-fusco…
Hoje anda inofensivo, bem casado, pai de família. Mas, seus instintos mais primitivos continuam ativos.
Conta-me o devasso que na Espanha não se fala em outra coisa: “Junta da província espanhola da Extremadura decidiu promover uma campanha para promover a masturbação. Os responsáveis políticos da região decidiram incentivar uma sexualidade saudável entre os adolescentes através do encorajamento da prática sexual solitária. O slogan ‘O prazer está nas tuas mãos’ dá o mote à campanha no valor de 14 mil euros e que passa por cartazes, folhetos, internet e workshops.”.
Extremadura é uma região mais pobre e muito conservadora. Pra piorar, a população masculina é maior que a feminina. Que coisa medonha!
O PSOE (mistura de PT com PSOL), partido do governo local e do primeiro-ministro Zapatero, resolveu neutralizar uma possível futura onda de abusos sexuais com esta brilhante e cremosa idéia: ensinar os jovens a arte da masturbação, como se fosse necessário…
O negócio virou pilhéria nacional. Os extremeños de Madrid estão fulos com a gozação. Uns mais gaiatos dizem que, dependendo da professora e se for boa de punho, já estão inscritos.
O nome já diz tudo. Hay que ser extremadura pero sin perder la ternura jamás.
Mário lembrou-se até do amigo Marquinho, em sua Itabirito natal, inventor de uma estrovenga chamada MDBG: máquina de “bater gaiola”, que fez sucesso na vizinhança, (acompanhada de revistas Penthouse americanas, já que, em 1977 as brasileiras nada mostravam). Foi um sucesso, o sujeito podia folhar a revista enquanto a máquina fazia o serviço.
Ah! O material “didático” de 14 mil euros veio de uma loja em Madrid que atende pelo sugestivo nome Los placeres de Lula, quer dizer, Lola…
Apesar de toda a polêmica, a região da Andaluzia também quer incentivar o crescimento de pelos nas mãos de meninos e meninas…
Concordo com Extremadura e Andaluzia. E já fiz a parte que me cabe neste latifundio, melhor, pântano! Tenho na mão esquerda a edição carnavalesca da Playboy, com a rainha de bateria da Mangueira, Renata “Curvas da Estrada de” Santos.
Um detalhe! Se a moda pegar aqui, vai ser nojento cumprimentar as pessoas sem luva…. Por outro lado o Brasil vai melhorar. A violência sexual cairá sensivelmente.
O consumo de drogas, traições conjugais e DSTs também, porque as pessoas ficarão menos ansiosas (taradas).
Podemos ainda aplicar o onanismo em Brasília. No plenário, em vez de usar as mãos para enfiar dinheiro em meias e cuecas, deputados e senadores, depois do Viagra, aliviar-se-iam frenética e coletivamente. A sujeira seria bem menor e mais fácil de limpar.
PS: Ah! Quem tem um dedo a menos pode pedir uma mãozinha…

Walter Navarro

Jornalista, escritor, escreveu no Jornal O Tempo e já publicou dois livros.

Jornalista, escritor, escreveu no Jornal O Tempo e já publicou dois livros.

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