19 de abril de 2024
Yvonne Dimanche

Salada de frutas


ESSE ALEMÃOZINHO DANADO…
A medida que as pessoas vão envelhecendo começam a ter problemas de memória. E esse envelhecimento ao qual me refiro não é da terceira idade, começa bem antes. Uma médica comentou comigo que isso é mais do que normal, nossa cabeça é como um computador que não consegue guardar diversos arquivos e programas e começa a ficar seletiva, vai deletando alguns e nisso os mais recentes acabam dançando.
Pois bem, eu lembro até da roupa que usei em um determinado dia, mas esqueci o que comi ontem. No entanto, as memórias da nossa infância nem sempre são fidedignas. Morei em Brasília no ano de 1961 na Av. W3 que tem várias quadras. Uma casa de frente para outra e separadas por um gramado. Era nesse local que nós crianças brincávamos.
Na minha cabeça o gramado era super largo, dava quase para instalar uma Ponte Rio-Niterói ali, rsrsrs. Em 2012, quando estive naquela cidade, achei a casa onde morei. O ponto de referência foi o colégio onde estudei que também julgava do tamanho do Museu do Louvre. Que nada, rs.
Aí fiquei pensando com os meus botões quantas histórias que eu juro de pés juntos que aconteceram comigo e que podem ser frutos da minha imaginação, ou melhor, do meu exagero.
Decididamente a mente humana é terra que ninguém pisa, tudo é possível.
———–

VENTO QUE VENTA AQUI…
Amigos, antes de adoecer, o maridão estava começando a ter problemas de audição. Ele está ouvindo com dificuldade e vai até fazer um exame.
Antes de ontem, saí do meu prédio para falar com o porteiro do outro edifício que fica em frente. Um vento encanado terrível, gélido e de arrepiar. Não estava tão frio assim, foi o vento que tornou tudo pior (*). Resultado; minha garganta está doendo e só consigo sussurrar.
Parece até piada. Ele surdo e eu muda. Vou precisar andar com um caderninho para me comunicar com ele, rsrsrs. Escrever ainda consigo, rsrsrs.
(*) Eu sempre comentei sobre o vento daqui, mas as pessoas não tinham muita noção e talvez até achassem que era exagero meu. Gravei um áudio e mandei por whatsapp. Deixei meio mundo assustado, parece que vivo em um filme de terror.



CARNÍVORO, VEGETARIANO OU VEGANO
Um determinado ator (ex-global), que vivia se metendo em confusão e até agredindo algumas mulheres, justificou a sua agressividade em tempos outros devido ao fato de que ele era carnívoro e agora é vegano. Sim, era a carne de animais que fazia ele perder o controle. Agora ele é quase um Ghandi.
Não estou defendendo carnívoros e muito menos atacando veganos. Ainda há de chegar o dia que eu serei vegetariana, vegana não, pois não vivo sem leite e derivados.
Pois bem, conheço pessoas, familiares inclusive, que só faltam comer carne crua e são moscas mortas. Não agridem, desrespeitam ou humilham alguém. Justificar os seus erros em cima de fatores externos é de uma simplicidade que me irrita.
No final de 1986 passamos uns dias de férias em Búzios em uma casa na Praia de Geribá que estava praticamente vazia e vejo ao longe um casal caminhando displicentemente na areia com duas crianças, sendo que um menino não parava de bater no outro. Fiquei vendo aquela cena e estava quase me levantando da areia para ver do que se tratava, quando me dei conta de que eram os pais do ator(?). Eles simplesmente não fizeram nada.
Ah sim, não foi a educação (ou a falta dela) recebida em casa que justificou essa agressividade. Foi o bife à milanesa ou talvez aquela omelete de bacon. Então, ficamos combinados assim.
———–

O Boletim

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *