24 de abril de 2024
Sylvia Belinky

Amizades


Não sei se amizade pode ser contada por tempo cronológico, por momentos memoráveis, por experiências vividas juntos ou compartilhadas… Por mero “clic”, na troca de meia dúzia de palavras na fila de um caixa qualquer, ou cantarolando a mesma música, olhando na janela do outro num engarrafamento…
Coisa mais do que esquisita: ando apaixonada por umas pessoas em uns grupos que, faz pouco, ando frequentando na Internet e até tenho razão para isso: é gente interessante, inteligente, de bom gosto… E eis que descubro que amizade sempre é ótima, venha como vier, de onde vier, de quem vier: estar disponível para dar e receber na medida de cada um, sem questionar se é muito ou pouco, tem um encanto indescritível…
Frequentando um site cujo assunto interesse, em três tempos você passa a “encontrar” nomes que serão vistos sempre. Se esses nomes postarem assuntos que interessem ou divirtam, você vai lembrar-se deles e, se você também postar coisas pertinentes e interessantes para “o ambiente escolhido”, logo se tornará “conhecido” também! E, se em determinado momento você se entusiasmar e quiser cumprimentar alguém pela escolha, ou pelas escolhas… está dada a partida para uma experiência enriquecedora!
Perceba que você não tem outra obrigação que não a de curtir o pedaço e participar de modo simpático. Digo isso porque, como em qualquer lugar, vai ter gente que não diz nada que valha a pena… Lembre-se, essa é uma nova sociedade, escolhida e não obrigatória; mas, nela, como de resto em qualquer outra, há gente de mau gosto e chata, que entra apenas para criticar ou dar palpite indevido.
Não se aborreça, ignore, pese os prós e contras e, se os prós forem em número muito maior, “apague” o nome e seus comentários que, com o tempo, ele mesmo cairá fora. Não compre brigas e nem aceite provocação: você escolheu estar ali para que seja gratificante – e será se você assim o quiser!
Não temos que estar sempre disponíveis, nem temos que gostar ou “curtir” tudo. Um amigo (sim, amigo, você já trocou impressões, deu risada, elogiou e foi elogiado; o nome é conhecido e, sim, virou seu amigo) alguém de quem você sabe de fatos da vida, seus gostos, onde ele frequenta ou frequentou, a que horas ele costuma entrar para curtir o grupo… Pense bem: você sabe dele muito mais do que de uma porção de pessoas que você encontra sempre!
Lembre-se de que um amigo, virtual ou não, cujas escolhas nos tocam e comovem, encurta nosso caminho para a beleza, nos aproxima de lugares, cenas e possibilidades que nem sequer imaginaríamos que existem ou das quais, simplesmente, tínhamos esquecido!
Elas (as redes e as pessoas) podem ser ótimas ou deletérias… depende muito mais da gente do que dos outros. O importante é não fazer de conta o tempo todo, porque cansa… Prestar atenção em quem se revela, o que revela e decidir se vale tentar ou se é melhor pinchar fora rapidinho!
Sugestões de quem, desde março deste ano, está curtindo uns grupos com gente legal, que posta música, foto de alguma coisa bonita, um bom programa prá fazer, fala de cinema, de onde tomou um sorvete ou dá uma dica, tanto faz… Mas é SEMPRE: troca de coisas boas, uma risada, uma palavra gentil… Você merece coisas boas e é inteligente para fazer uma boa seleção: corra, vá lá, experimente e… bom proveito!

Sylvia Marcia Belinky

Tradutora do inglês, do francês (juramentada), do italiano e do espanhol. Pelas origens, deveria ser também do russo e do alemão. Sou conciliadora no fórum de Pinheiros há mais de 12 anos e ajudo as pessoas a "falarem a mesma língua", traduzindo o que querem dizer: estranhamente, depois de se separarem ou brigarem, deixam de falar o mesmo idioma... Adoro essa atividade, que me transformou em uma pessoa muito melhor! Curto muito escrever: acho que isso é herança familiar... De resto, para mim, as pessoas sempre valem a pena - só não tenho a menor contemplação com a burrice!

Tradutora do inglês, do francês (juramentada), do italiano e do espanhol. Pelas origens, deveria ser também do russo e do alemão. Sou conciliadora no fórum de Pinheiros há mais de 12 anos e ajudo as pessoas a "falarem a mesma língua", traduzindo o que querem dizer: estranhamente, depois de se separarem ou brigarem, deixam de falar o mesmo idioma... Adoro essa atividade, que me transformou em uma pessoa muito melhor! Curto muito escrever: acho que isso é herança familiar... De resto, para mim, as pessoas sempre valem a pena - só não tenho a menor contemplação com a burrice!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *