Não sei quem criou a expressão bala perdida, nem quero saber. Perdida por quê? Porque não atingiu o alvo desejado e foi pegar quem não devia? Queria eu que as balas atiradas durante as batalhas entre polícia e bandidos se perdessem, sim. Que fossem parar na p.q.p.
Mas não, elas não se perdem, elas vão se aninhar no corpo de inocentes que têm o azar de viver ou de estar passando nas áreas onde a batalha diária aqui no Rio já perdeu a característica de tentativa de sanear a cidade e transformou-se numa guerra civil disfarçada.
“Onde nossas crianças estão a salvo”, pergunta o jornal O Dia. Pergunta que eu repito. Pergunta que ninguém sabe responder.
Insegurança é palavra com pouca força para definir o que estamos sentindo. Creio que a definição correta do sentimento que invade a alma do carioca e do fluminense é medo.
Medo, pavor, só isso explica a inação da sociedade, o fato de ainda não termos ido para as ruas cobrar de nossas autoridades ações positivas para resolver o descalabro que tomou conta de nossa Polícia e exigir que o Governo Federal use de suas prerrogativas para exigir que as Forças Armadas cumpram parte vital de suas funções, a manutenção da Lei e da Ordem em nosso território e a fiscalização rigorosa de nossas fronteiras.
Ou o Rio de Janeiro não faz parte do território nacional?
A Imprensa tem feito sua parte, noticiando o dia a dia trágico e assustador que vivemos. Os números são terríveis e não duram 24 horas. Ontem O Globo lido logo pela manhã falou em 632 vítimas atingidas por balas, sendo que 67 mortas. Qual será a estatística de amanhã?
Disse o Secretário de Segurança do Rio no programa Estúdio I, da Globo News, que o confronto entre policiais e bandidos não é recomendável, mas pode estar acontecendo.
Pode?
Segundo ele, o cidadão liga para o 190 pedindo ajuda, a polícia vai atender a ocorrência onde quer que o caso esteja acontecendo, seja lá onde for, perto de uma escola, de um hospital, de uma igreja. “A polícia atende a uma demanda da sociedade” e nesse momento pode ocorrer um desvio, um erro operacional, um acidente fatal.
Qual a solução, então? Que tal copiarmos o que Nova York fez há uns 30 anos atrás, quando sua polícia estava corrupta, violenta, descontrolada? A solução foi a óbvia: as autoridades enfrentaram com coragem e determinação esses problemas, reformando e reformulando seus batalhões.
E é disso que precisamos: coragem e determinação das autoridades e instituições governamentais. O economista Daniel Cerqueira, técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e especialista em economia do crime e segurança pública, considera que o Rio vive hoje um verdadeiro descontrole:
“Cada grupo de policiais, cada batalhão, faz suas operações e sai atirando a esmo, matando, morrendo. Estamos vivendo uma verdadeira anarquia no sistema de segurança do Rio. É preciso superar isso”.
O que não dá é para estarmos pranteando diariamente nossas crianças, deixando famílias dizimadas, infiltrando a desesperança no coração de nossos jovens.
Temos em estado crítico numa UTI um brasileirinho que ainda não tinha nascido. Ou melhor, que ainda não nasceu…
E tem gente se preocupando se vai ou não ter Carnaval? Deus do Céu, o que houve conosco?
Fonte: Blog do Noblat
Usamos cookies em nosso site para oferecer a você a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar tudo”, você concorda com o uso de TODOS os cookies. No entanto, você pode visitar "Configurações de cookies" para fornecer um consentimento controlado.
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Cookie
Duração
Descrição
cookielawinfo-checkbox-analytics
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional
11 months
The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy
11 months
The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.