A Jaguar está lançando sua nova XF Sportbrake, versão “perua” do luxuoso sedã médio-grande (para os padrões deles, claro) XF globalmente neste semestre e isso inclui uma ousada investida no mercado dos EUA. Seria esse o começo da volta das SW, sumidas das lojas americanas – ou pelo menos da maioria delas – há tempos?
O mercado norte-americano tem lá suas peculiaridades muito peculiares. Perdão pela redundância redundante, mas a coisa por aquelas bandas às vezes me espanta. E o pior é que, mesmo beirando ocasionalmente o bizarro, o que faz sucesso lá tende a repetir o feito por aqui. Vá lá que, pelo menos até hoje, as enormes picapes campeãs nacionais absolutas de venda na terra de Disney não se criaram no Brasil. Mas, sinceramente, acho que isso se deve mais ao preço com que chegam aqui e ao espaço reduzido de nossas ruas que a qualuqer rasgo de bom senso. Tanto que nessas paragens, como lá, as práticas minivans (que já haviam antes quase exterminado as SW) deram lugar aos bem menos racionais e abrutalhados SUVs.
Tudo bem que, na prática, nos EUA você consiga comprar literalmente qualquer carro das principais marcas globais, quando menos por importação paralela. Por isso, ainda que sejam raríssimas, é possivel encontrar alguns exemplares de marcas europeias na garagem de consumidores excêntricos. Mas já faz tempo que elas deixaram de ter destaque nas vitrines e sites de venda, saindo também do cardápio de todas as montadoras locais.
Queridas na Europa
Algo que nem de perto aconteceu na Europa, onde essa configuração de automóvel é bastante desejada, chegando a liderar o mercado, por exemplo, na Alemanha. Acho que isso deve ter a ver com as fantásticas estradas locais, com trechos sem velocidade máxima estabelecida e onde se pode acelerar até onde o juízo permitir. A diferença de se andar a 250 km/h em uma SW ou em um SUV, ainda que ambos tenham tecnologias e mecânicas equivalentes, é mais ou menos a mesma da que existe entre correr de tênis ou de chinelo, com o perdão pelo evidente exagero de minha parte.
Cadillac CTS SPorts Wagon 5Cadillac CTS SPorts Wagon 5 | divulgação
Voltando aos EUA, até uns poucos anos, resistiam por lá algumas joias de carroceria “familiar”, como a Chrysler 300 Touring (até 2010) e a Cadillac CTS Sport Wagon (finada em 2014). Depois, necas. Hoje, a Jaguar vai encontrar o território praticamente livre para conquistar. Claro que seu público será pequeno, mas a exclusividade faz parte dos argumentos de venda da marca, cujos modelos estão mesmo na parte superior da tabela de preços de qualquer multimarcas do mundo. E, além do luxo e do conforto, em si, o carro oferece os 380cv de seu motor V6 supercharged, capaz de tornar qualquer passeio mais divertido, com ou sem a família.
Eis alguns dados do novo carro:
Motor: 6 cilindros em V sobrealimentado de 380cv
Câmbio e tração: automático de 8 marchas com tração integral (nas 4 rodas) permantente.
Aceleração: 0 a 100 km/h em 6.1 segundos.
Vel. Máxima: 200 km/ limitados eletronicamente.
Porta-malas: 565 litros / 1.700 litros com os bancos de trás rebatidos (a suspensão traseira a ar compensa automaticamente o peso carregado)
Preço nos EUA – US$ 70,450
Aqui um simpático vídeo promocional feito como o tenista Andy Murray (e participação do técnico de futebol José Mourinho) para a caminhonete em cima do torneio de Winbledon, que tem a marca inglesa como uma de suas patrocinadoras:
Salvem as peruas!
Se vão vender esse carro aqui no Brasil? Não é muito provável, especialmente nessa nossa incerta fase (mais uma…) política e econômica. Mas vamos completar o post com algumas imagens de outras SW europeias, só para aguçar a vontade de quem sente falta delas pelas ruas (eu sinto) e simpartiza com a campanha “Salvem as peruas” que lançamos no programa Oficina Motor.
Fonte: Blog Rebimboca
Veículos
Jaguar aposta na volta das SW esportivas de luxo nos EUA
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