25 de abril de 2024
Priscila Chapaval

Tem dias que é assim mesmo

E logo hoje, uma segundona após um feriado prolongado, tinha uma série de coisas programadas para serem feitas. Não viajei e queria dar um jeito nas coisas pendentes.
Primeiro furo do dia: A minha diarista faltou. Ficou doente. Adoro ela, a Rose, e sei que é verdade porque está há anos comigo e sou madrinha de casamento dela. Eu e mais umas 15 patroas foram suas madrinhas onde a maioria ficou no altar e a igreja meio vazia. A festa depois da casa deles foi uma das melhores e mais divertidas que já fui. Gente simples e feliz.
Segundo furo: o encanador não veio colocar a nova caixa d´água que está há uns dois meses no meu quintal à espera dele. Hoje era certeza que ele viria. Mas não veio. Fazer o quê?
Terceiro furo: fui fazer um café da manhã. O gás acabou. Liguei para a empresa que me entrega em casa o botijão, mas demorou tanto que tive que sair.
Quarto furo: desde a semana passada, com o feriado no meio, meu carro entrou na concessionária para revisão. A previsão era para ser entregue hoje pela manhã. Adivinhem? Não ficou pronto, precisavam mais testes etc e tal. Fare quà?
Resolvi ir à casa da minha irmã, precisava conversar com ela pois ela vive viajando. Liguei e a Ana, que trabalha há anos com ela, disse que ela estava muito gripada e ainda dormindo.
Resolvi então viajar, sair do clima, do astral e ir para a praia. Só que sem o carro precisava ver os horários dos ônibus para a Ilhabela. Entrei na internet e nada…
Nisso o telefone toca e era a minha irmã já meio acordada. Um resfriado danado. Me convida para ir almoçar na casa dela e ai a gente papeava.
Só que não. Resfriado e comprimidos dão sono. Almoçamos e conversamos um pouco e fomos para a sala da TV onde ela se deita no sofá e vai adormecendo aos poucos. Não conversamos o que queríamos, mas ela estava mal.
Resolvi sair e comprar lã e aviamento nos Jardins. Já que nada dava certo, pelo menos compraria essas coisas e começaria um novo trabalho de tricô. Mas não existe uma loja no gênero pelas ruas dos Jardins.
Peguei um táxi e vim para casa. Entrei no computador e fui ver se conseguia novamente entrar no site de viagem. Nada…
Aí cansei e desisti de viajar para lá até porque entrei no site do Climatempo e vi que o tempo não seria bom. Chuvas e nuvens e ventos. Não combinam com a Ilhabela.
Resolvi ir até a Praça da Árvore, reduto de lojinhas de aviamento e de outras lojas com muitas coisinhas baratinhas. Perto das lojas dos Jardins ali era o paraíso. Lojinhas de roupas, calçados, lojinhas de coisinhas tipo 1 real, e por aí vai.
Voltei no tempo, para a minha infância aqui na Praça da Árvore, onde ia com meus pais fazer compras.
Comecei comprando lã no Bazar Odete onde vinha sempre com a minha mamis.
Caminhando e pensando, com sacolas cheias de novelos de lã e “otrascositasmàs”, me questiono se chamo um táxi para voltar para casa, se pego o Metrô aqui na praça ou um busão que para perto de onde eu moro. Mas eis que me deparo com a Pastelaria Changai, aquela antiga que meu pai me trazia. Nem estou com fome. Só sede. Tomei dois copos de caldo de cana deliciosos. Pedi um pastel continua ótimo como sempre foi. Chapinha, meu pai querido como era chamado pelos mais íntimos, comi em sua homenagem! Você me traz sempre ótimas recordações.

A Pastelaria já tem 70 anos e continua igual ao que era. Sem frescuras, bom atendimento e tudo gostoso. Recomendo. Tully filho do Sr. Paulo o fundador, é quem atende o público com a mesma simpatia e profissionalismo do seu pai que se aposentou. Fisicamente o espaço parou no tempo. Os azulejos são da década de 70, tudo igual, só que muito limpo e organizado. E Bom.
Tully, o novo dono, me recomendou a timeline do grupo Memórias do Bosque da Saúde. Já me sinto em casa aqui e pirei quando vi as fotos do grupo. Cara… o tempo passou de repente é só a Priscila não viu…Fiquei uns 40 minutos vendo o movimento do local e a quantidade de pessoas que comem os pastéis de lá.

Ou seja, o que era para ser um mau negócio virou um ótimo negócio. Redescobri o pastel da Changai, comprei meadas de lã onde começo a fazer um tapete que nunca fiz, andei de metrô, Uber e ônibus e conversei muito com todos. E espero que amanhã a Rose venha, o encanador também venha, que a empresa me entregue o botijão de gás e que a concessionaria me entregue o carro.
Nessas horas eu me misturo com o povo, gosto de conversar com as pessoas. E nisso, vida que segue.. Até a próxima crônica.

Priscila Chapaval

Jornalista... amo publicar colunas sobre meu dia a dia...

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