Por que o ministro Gilmar Mendes não fez como o Ministro Marco Aurélio, que se declarou, espontaneamente, impedido ou suspeito para casos sob o seu exame, quando, conforme reza o Código de Processo Civil e Penal, ocorre as situações ali previstas e, claramente ocorridas no caso Eike Batista. Ao contrário, o ministro Gilmar Mendes concedeu liberdade provisória a Eike Batista, demonstrando cabalmente não possuir notório saber jurídico ou, pior ainda, não possuir boa fé processual. Em qualquer uma das possibilidades, Gilmar Mendes se tornou inapto e inepto para o cargo e a função que ocupa no STF.
Ficou claro o interesse de Gilmar Mendes em soltar mais um corrupto graúdo: é cliente do escritório de advocacia onde trabalha sua mulher. O álibi do ministro de que foi contratado outro escritório é pueril. Ora, ministro, o escritório é outro, mas o beneficiado é o mesmo. E talvez até a nova contratação tenha sido intencional, para fabricar o álibi. Resta ver se o plenário do STF vai decidir movido pela ética ou pelo corporativismo.
Na escancarada guerra de egos, lamentavelmente deflagrada no rachado STF, aplausos parciais e justos ao procurador-geral Rodrigo Janot, que pediu o impedimento do ministro Gilmar Mendes de atuar no processo contra o empresário Eike Batista. Por que ainda não o fez com o ministro Dias Toffoli, íntimo amigo de seus antigos e generosos chefes, Lula e José Dirceu, protagonistas de escandalosos processos que tramitam na Corte há algum tempo? O Brasil é único, e não pode ser fatiado como pizza e por conveniência. O STF não é arena de vaidades e arrogâncias!
O pedido de impedimento de Gilmar Mendes pelo procurador Rodrigo Janot não é cabível também para Dias Toffoli? Por já ter sido advogado do PT e subordinado a José Dirceu, Toffoli não é suspeito ou impedido legalmente de votar o habeas corpus do ex-chefe?
O embate entre Rodrigo Janot e Gilmar Mendes, com revelação de que parentes de ambos advogam para réus na Lava-Jato, evidencia a podridão de instituições do mundo jurídico, aparentemente impolutas. Se a gíria é o código linguístico da malandragem, o juridiquês é o código das “excelências” jurídicas. A gíria, o juridiquês e o politiquês são “primos-irmãos”, usados para acobertar o nebuloso mundo de quem os usa.
Já critiquei o ministro Marco Aurélio muitas e muitas vezes. Minha posição, quase sempre, é diversa da dele, mas desta vez ele cumpriu a lei e o fez dando um tapa com luvas de pelica no ministro Gilmar Mendes. Espero que o plenário corrija este erro crasso, mais um, do ministro Gilmar Mendes.
Usamos cookies em nosso site para oferecer a você a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar tudo”, você concorda com o uso de TODOS os cookies. No entanto, você pode visitar "Configurações de cookies" para fornecer um consentimento controlado.
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Cookie
Duração
Descrição
cookielawinfo-checkbox-analytics
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional
11 months
The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy
11 months
The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.