20 de abril de 2024
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Quem fiscaliza os fiscais e fiscalizadores?


O rigor do sistema financeiro só funciona quando é aplicado em zé manés. Um fiscal federal tem duas franquias da Subway (em nome das filhas, cuja renda só Deus é quem sabe). Cada franquia custa entre R$ 400 mil e R$ 1 milhão, e nem a Receita Federal, COAF ou o raio que o parta questionam a origem da grana.
Entretanto, quantos milhares de cidadãos caem na malha fina por causa de erros ridículos, quantias que não fazem nem cócegas diante dos milhões desviados nos porões das autarquias?
Por que esses órgãos nunca são questionados, quando surgem grandes escândalos?
Recentemente, a imprensa trouxe à tona uma operação do ministro da saúde, que envolvia a compra de um terreno de pouco mais de R$ 50 milhões. Oi? Por onde passou esse dinheiro? Como chegou às mãos do ministro, cuja renda não passa nem perto dessa quantia? Ele foi questionado pela Receita Federal? Diante de uma operação dessa envergadura, qual seria a função do Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF? Ou esse é mais um órgão controlador que não controla nada?
É urgente incluir na discussão sobre a prerrogativa de foro aos parlamentares, a questão da leniência de órgãos fiscalizadores na cadeia evolutiva da corrupção. É tão fácil, sobretudo porque, sabidamente, a preferência dos investimentos recai sobre o mercado imobiliário. Casas, apartamentos, sítios! É o que aparece sempre que um ou outro é denunciado (nunca, ou quase nunca, pegos por órgãos fiscalizadores do sistema financeiro).
Por que a RF ou COAF não destacam equipes dedicadas aos fiscais de todas as instâncias, haja vista as brechas evidentes e recorrentes para fraudes?
Quantos fiscais estão na ativa atualmente? Quantos mantêm sinais exteriores de riqueza, e nunca foram incomodados? Alguém já parou para cruzar dados financeiros dos fiscais e seus descendentes? Quantos já foram incomodados pela malha fina?
O Brasil precisa de uma revisão urgente. E não é apenas no setor político. Porque corremos o risco de nos tornar a corrupção uma atividade incontrolável.

O Boletim

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