25 de abril de 2024
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É hoje….

Passei a semana acompanhando as notícias da absolvição ao Caixa Dois e outros delírios que só nascem mesmo na cabeça dos deputados e dos senadores brasileiros.
Não consegui explicar aos meus amigos portugueses que na pátria amada – salve, salve – estão tentando passar uma lei que, simplificando, não passa de o Congresso permitir ao Congresso a roubalheira ampla, geral e irrestrita. Sem temor de punição. Uma espécie de pré-absolvição de muitos outros futuros desfalques. Esbórnia geral. Todos os políticos receberão/receberiam um salvo-conduto para continuar roubando impunemente. O povo, não. O povo continua tendo se comportar como manda a lei. Se afanar um pote de margarina, vai para a prisão.
Claro, amigo nenhum entendeu. Alguns creditaram a história à minha imaginação de escritora. Outros me perguntaram se tinha exagerado no vinho. Outros, ainda, sacudiram os ombros com desprezo, como se eu fosse uma lunática que inventa historinhas mirabolantes para chamar atenção. É difícil ser brasileira, gente. Sempre lembro do Tom Jobim. Realmente, o Brasil é um país para profissionais…
Então, resolvi esquecer o berço esplêndido e fui para a Caminha, que é lugar quente, como diz a sabedoria popular. Passei o fim de semana numa casa mega-maravilhosa, numa praia lindíssima, com amigos fantásticos. Antecipei a comemoração dos meus 32 anos sempre incompletos e valeu a pena.

bolo

Bem, é hoje, meu povo. Faço 32 anos (incompletos) mais uma vez. Acho que nunca fui tão jovem, apesar de o corpo não ajudar, mas isto já é outro papo. Se Deus quiser, continuarei completando quase 32 por longo tempo. E vivendo em Portugal, daqui não saio nem morta. Afirmo isto literalmente. Decidi que, algum dia – daqui a séculos -, virarei árvore na terra de minha família materna: Viana do Castelo.
Mas eis que, novamente chegou segunda-feira e fui atropelada pela rotina. Descobri que o Michel Temer (arghhh), o Rodrigo Maia (arghhhh) e o Renan Calheiros (arghhhhh triplos e quádruplos) foram a TV avisar que o povão não entendera a história da absolvição do Caixa Dois. Isto não existia porque o dia da votação, que faria acontecer, ainda não havia chegado. Então, ficamos combinados assim.
Estou com a pulga atrás da orelha, alguma coisa maléfica a trinca armou. E, afinal, o dia em que o que não existe pode começar a existir é hoje. Portanto, muita atenção. Não podemos fraquejar.
Brasileiros, vamos nos manter unidos até esta lei sem vergonha estar morta e enterrada. Por trás dos panos, nossos governantes são capazes de tudo. Não confio nem no Temer (arghhh), nem no Maia (arghhhh), nem no Renan (arghhhhh triplos e quádruplos).
Agora, peço licença aos meus milhões de leitores all over de world. Vou sair para continuar comemorando os meus quase 32 anos.
E que Deus nos abençoe porque esta terça-feira promete…

O Boletim

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